Narram os mais velhos que por volta dos anos de 1877, uma família de retirantes que vinha do sertão, passando por aquela localidade uma criança chamada Dulce sentiu sede, e não havendo água para mitigar sua sede, cavou com as próprias mãos ao lado de uma pedra e encontrou água, bebeu, mas logo em seguida morreu. Ali nas proximidades havia uma fazenda, os proprietários souberam do fatídico acontecimento, mandaram a mortalha para a criança ser sepultada, e no dia seguinte após o enterro do féretro, a mortalha apareceu na porta da fazenda.
A partir desse acontecimento conta a história oral que a notícia se espalhou nos sítios e lugarejos, e a população dizia que a menina estava fazendo milagres, e começou o fluxo de pessoas para visitarem a cova da menina Dulce.
Foi crescendo cada vez mais o número de romeiros para a localidade e os milagres foram acontecendo, até que uma certa ocasião um Sr. José Tomaz de Aquino (Zé Cardoso) ex. prefeito da cidade, que dizia ter alcançado uma graça, construiu uma pequena capela no lugar.
Todos os anos, no dia primeiro de novembro sai uma procissão da paróquia em direção a Cruz da Menina como hoje é chamada, a procissão sai na madrugada e ao nascer do sol é celebrada uma missa, e durante o dia todo a capela fica aberta para receber os romeiros que veem de várias cidades para pagarem suas promessas, acende velas e depositam seus ex. votos no local.
É considerado pelos moradores e romeiros como um lugar sagrado.