Sergio Teófilo (Artesão)

 

Sergio Teófilo é um artesão da Comunidade Quilombola Cruz da Menina e produz a sua arte em seu ateliê.

O artesão Sergio Teófilo, já trabalhou em várias atividades; na agricultura, cortando cana nas usinas, na construção civil. Segundo o próprio começou a trabalhar fora aos quatorze anos de idade, não tinha uma profissão definida. Mas, a partir de 2009, foi oferecido um curso de cerâmica naquela comunidade, aproximadamente 25 quilombolas se inscreveram, surgiram vários talentos na arte da argila, foi quando surgiu a oportunidade de participarem de uma feira em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Sergio foi representando o quilombo e levou peças produzidas durante o curso, nos três primeiros dias da feira foram vendidas todas as peças.       

Sérgio Teófilo em seu ateliê. Foto: Renan Matias (SECULTUR)

 

Retornou para sua comunidade cheio de novas ideias e sonhando viver da arte. No ano seguinte participou do Salão do Artesanato Paraibano na Capital do Estado, João Pessoa, em Campina Grande no período em que acontece naquela cidade  a grande festa junina intitulada o Maior São João do Mundo.

Do ano de dois mil e dez pra cá, Sergio vem participando de vários eventos além do Salão do Artesanato.

A principio ele trabalhava só com cerâmica, depois descobriu um novo nicho artístico que seria a madeira; a imburana velada, extraída das cercas vivas da região da caatinga, com essa nova descoberta vem conquistando espaço na mídia, nas galerias de arte. É muito requisitado para participar de exposições, documentários e eventos do mercado imobiliário.

Durante a pandemia não faltou trabalho, a Gol Linhas Aéreas, o escolheu como representante dos artesãos da Paraíba, gravou uma chamada publicitária e divulgava nas suas aeronaves e criou uma loja virtual para vender suas peças.

Recentemente, março de 2023, participou de um Documentário Expedição Terroá, foi muito prestigiado pela mídia, numa entrevista recente disse: “cada peça que faço fico olhando se foi em mesmo que criei, tem as ferramentas que uso para esculpir a madeira, mas as vezes penso que sou uma ferramenta usada pela mão divina”.

Um certo dia o poeta Mariano Ferreira comentando  o trabalho de Sergio disse:

“Sou um pássaro alado

Mas não quero sair do chão

Me confesso apaixonado

Por Sergio meu artesão

Vim do mato para cidade

Graças sua criatividade

Hoje estou em suas mãos.                          

Fui galho seco jogado

Nas caatingas do sertão

Mas um dia me achei

Nas habilidosas mãos

De um artista criativo

E por isso estou vivo

Vindo de sua criação”